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Dia Nacional da Parteira Tradicional (20/01)

A fim de fazer menção a esta data super importante, o observatório de notícias deste mês traz algumas opções de filmes/documentários/séries/artigo e livro incríveis para serem assistidos ou lidos.


O Estado do Amapá já celebrava o dia 20 de Janeiro, intitulado como Dia Nacional da Parteira Tradicional. A data faz referência ao aniversário da parteira mais antiga da região, Juliana Magave de Souza, nascida em 1908 e que teria realizado cerca de 400 partos. O parto normal e domiciliar carrega muita desinformação e tabus acerca do tema, as quais precisam ser desmistificadas, afinal as mulheres sempre tiveram seus filhos em casa. Trata-se de uma questão de direitos humanos, de dar dignidade e condições seguras para o processo do nascimento, assegurando a integridade e cuidado para com a saúde da mulher. A assistência ao parto no Brasil não é homogênea, difere entre as regiões, como por exemplo, na região sudeste temos a prevalência de partos com intervenções cirúrgicas, já na região nordeste e norte, o parto e nascimento é predominantemente domiciliar, assistido por parteiras, sobretudo nas áreas rurais, ribeirinhas, de floresta, de difícil acesso e em populações tradicionais quilombolas e indígenas. Considerando a biodiversidade cultural, socioeconômica e geográfica do País, é necessário a adoção de diferentes modelos de atenção à saúde da mulher e da criança, de modo a atender as especificidades e circunstâncias de cada uma. Para isso, o Programa Trabalhando com Parteiras Tradicionais recolocou a melhoria do parto e nascimento domiciliar assistidos por parteiras tradicionais na pauta de discussão com estados e municípios, como uma responsabilidade do SUS e uma atribuição da Atenção Primária à Saúde.

O objetivo é resgatar e valorizar os saberes tradicionais, articulando-os aos científicos, e levando em conta a riqueza cultural como elemento para a produção em saúde. Portanto, atribui legítima função das parteiras, como categoria qualificada para atender e cuidar da saúde da mulher na hora do parto e nascimento. Seu trabalho deve ser valorizado e articulado com o SUS.



Este conteúdo foi elaborado pelas bolsistas Juliana Arcanjo dos Santos Reis e Maria Eduarda Vilete Felix e sob orientação da tutora Susana Engelhard Nogueira.

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